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A Justiça francesa aprova a venda de isca de presunto como 'pata negra'.

Na França, vários supermercados vendem presunto de isca há mais de seis anos como se fosse pata negra. O Ministério da Agricultura reconhece que a venda de presunto na França faz uso incorreto da denominação. A Justiça francesa defende que a qualidade do presunto ibérico não é aplicável no país.

O ministro da Agricultura, Luis Planas, garantiu que "serão procuradas soluções" para várias questões do El Confidencial.

Em junho de 2022, o Ministério da Agricultura já informou ao El Confidencial sobre o engano que estava sendo cometido, que estava sendo investigado pela justiça francesa. Por fim, a decisão do tribunal francês foi: "Considere que o padrão de qualidade ibérico não é aplicável na França"

A nível internacional, este termo é conhecido como sinónimo de qualidade, mas a regulamentação sobre o porco ibérico não tem efeitos fora das nossas fronteiras: "Reserva-se exclusivamente a designação '100% ibérico de bolota'", segundo o decreto real de 2014.

Como este regulamento não é válido na França, em 2016, a empresa labeyrie lançou uma gama de produtos ibéricos made in Spain, entre os quais se destaca o Jambon Pata Negra. Segundo a empresa, este produto é um presunto fatiado “cebo de campo 50% raça ibérica”.

O descontrole chega aos seus supermercados, se procurarmos o termo pata negra, no supermercado Carrefour, o primeiro resultado será o presunto Labeyrie, sessenta gramas por cerca de sete euros. Para encontrar um presunto que se enquadre na legalidade do regulamento, devemos investigar mais três linhas, «Pata Negra Bellota Covap España Shoulder» cento e vinte gramas por trinta euros. Ambos os produtos levam a mesma etiqueta, mas apenas as letras miúdas alertam o consumidor sobre essa diferença de qualidade.

Acordos entre França e Espanha.

Em janeiro passado, na cúpula hispano-francesa realizada em Barcelona, ​​​​os presidentes dos dois países se reuniram. Pedro Sánchez e Emmanuel Macron assinaram o Tratado de Amizade e Cooperação. O objetivo deste acordo é a ajuda mútua para realizar os controles agroalimentares oficiais e lutar contra a fraude.

O Ministério da Agricultura destaca esse acordo, mas reconhece que a proteção do termo pata negra exige ir além e levar o caso a Bruxelas: “Só se resolve com modificações na regulamentação europeia”, segundo o El Confidencial.

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