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Europa desacelera Nutri-Score

Desde a sua criação, o sistema de rotulagem Nutri-Score tem sido controverso. Agora o Parlamento Europeu interrompeu sua implementação no debate sobre 'A influência e controle sobre as escolhas de supermercado dos cidadãos europeus' promovido de posições liberais.

Neste debate, especialistas em nutrição, associações de consumidores e empresas compartilharam suas posições sobre o sistema de rotulagem pontuação Nutri que está se estabelecendo na Europa.

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E é que o sistema é polêmico desde o seu início, pois o algoritmo que marca o semáforo Nutri-Score não atendia a muitos critérios que, quando considerados, variavam novamente a qualificação. Além disso, os produtos foram reformulados com o propósito mais do que saudável de melhorar a classificação desse sistema na rotulagem, ou seja, a publicidade prevaleceu mais do que os hábitos saudáveis ​​de alimentação global. Um bom exemplo tem sido o azeite, um produto saudável e fundamental na dieta mediterrânea que o algoritmo Nutri-Score penalizou.

Nutri-Score e seu algoritmo

Segundo as palavras do professor da Universidade de Barcelona Jaume Estruch “Nutri-Score se concentra no que há de ruim em um alimento. O algoritmo calcula sua classificação, dando peso de 40% aos efeitos negativos de um alimento e apenas 15% aos efeitos positivos”, explica o professor.

Por seu lado, Pietro Paganini, um dos organizadores do debate e fundador do Competere.eu, “a Europa baseia-se na diversidade cultural, nas liberdades, no conhecimento e na educação. A ciência está se movendo na direção de dietas personalizadas e é por isso que o Nutri-Score é passado. É um esquema de tamanho único que é o antigo modelo hegeliano, onde um grupo de elite de cientistas aprova um algoritmo que afirma ser perfeito e aplicável a todos. Porém, quando interesses políticos ou comerciais assim o decidirem, o algoritmo pode ser alterado e as classificações dos produtos seletivos podem passar do vermelho 'E' para o amarelo 'C'”.

A recomendação de parar e analisar o processo

Herbert Dorfmann MEP, um defensor da estratégia europeia farm-to-table, descreveu esta rotulagem como melhorável e "muito simples" e ousa qualificar o que é saudável e acrescenta. "O que é saudável, como é definido e quem ou qual entidade o define é uma questão, no mínimo, complicada." O deputado Dorfmann recomenda, neste momento, testá-lo e avaliá-lo com a saúde dos consumidores nos países que já o implementaram, são eles: França, Alemanha e Bélgica.

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