Os legisladores aprovaram o arroz transgênico nas Filipinas na última quinta-feira. Esta variedade dourada foi geneticamente modificada, por isso tem uma contribuição muito elevada de betacaroteno. Este carotenóide é transformado em vitamina A, fundamental para a visão, no corpo humano.
De acordo com as autoridades filipinas, esta aprovação será um grande avanço. Para o agricultor não representa nenhuma alteração na safra. A variedade geneticamente modificada não necessita de um manejo diferenciado ou de um maior aporte de nutrientes à planta. Para a população sem recursos representará um alívio para a desnutrição e consequentemente para todos os problemas de saúde que representa. É também uma forma simples de atingir toda a população de forma econômica.
Atualmente em todo o mundo mais de 500 mil crianças sofrem de cegueira por ano por essa causa, sendo um importante motivo de morte.
O debate sobre arroz transgênico nas Filipinas
Tudo isso abre o debate sobre alimentos transgênicos e sua segurança. Também sobre os problemas da biodiversidade em um momento em que as posições se radicalizam. Algumas posições no debate levam em consideração a segurança alimentar e baseiam-se na demonstração de que o uso dessas variedades é seguro. Por outro lado, outras posições querem respeitar totalmente a natureza.
Eles também duvidam dos efeitos sobre biodiversidade e profundidade de estudos bem como efeitos colaterais difíceis de analisar. Existem também posições intermediárias onde o justificam dependendo de quais casos ou para aliviar algumas doenças, limitando-o apenas em alguns casos.
O arroz GM nas Filipinas agora pode ser cultivado livremente. Foi declarado seguro em países como Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Estados Unidoss. Os países citados não apresentam problemas de desnutrição, mas tem aproveitado o fato de os criadores do arroz dourado concederem patente gratuita a todos os países que precisam utilizá-lo.
